As arquitetas Fernanda Fernandes e Roberta Maiorana utilizaram esta tendência no “Lounge do Músico”, na Casa Cor, por meio do revestimento das paredes do espaço com madeira reaproveitada de um píer de Belém.
O uso de madeiras de demolição está se tornando uma grande tendência entre designers de interiores e arquitetos. Afinal, com uma textura bem evidente, essa madeira recebe destaque em qualquer cômodo da casa, contrastando com suas cores e superfícies regulares, sendo responsável por dar um toque rústico e requintado ao ambiente.
Além da responsabilidade ecológica em reaproveitar um material que até então seria descartado, o uso das madeiras de demolição traz o benefício de se ter uma peça exclusiva em casa, já que as alterações causadas pelo tempo, marcas de pregos e riscos, proporcionam características únicas a essa matéria-prima.
Essas madeiras também são caracterizadas por sua alta densidade. As classificadas como nobres, são muito resistentes a fungos e cupins, o que lhes proporciona longa durabilidade, especialmente quando não expostas a intempéries ou a drásticas condições de uso. Esse material, em média, possui mais de 40 anos e quando utilizadas em decoração podem ultrapassar esse tempo.
Entre os tipos de madeiras centenárias mais encontradas nas demolições estão o cedro, o ipê, o jacarandá, a peroba do campo, a peroba rosa, a canela preta e o pinho de riga. Na maioria das vezes são provenientes de antigas janelas, assoalhos, portas, e da estrutura geral da casa que está sendo demolida, como paredes e telhados.
As possibilidades de utilização desse material na decoração de ambientes é bem ampla. As arquitetas Fernanda Fernandes e Roberta Maiorana, por exemplo, utilizaram a madeira reaproveitada de um píer de Belém do Pará para revestir as paredes do “Lounge do Músico”, presente na edição de 2011 da Casa Cor, em São Paulo.
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